Sabine Righetti – jornalista especializada em ciência, pesquisadora em comunicação social da ciência da Unicamp e cofundadora da Agência Bori abriu o evento “Divulgação Científica em Pauta” no dia 23 de abril na UNIFAL-MG. (Foto: Wanezza Soares)
Em iniciativa inédita na UNIFAL-MG, a equipe do Projeto +Ciência reuniu divulgadores científicos, pesquisadores, comunicadores, jornalistas e estudantes no evento Divulgação Científica em Pauta, realizado no mês de abril. O encontro contou com a participação da jornalista especializada em ciência Sabine Righetti, pesquisadora em comunicação social da ciência no Laboratório de Estudos Avançados em Jornalismo (Labjor) da Unicamp e referência nacional em comunicação pública da ciência. A convidada concedeu entrevista exclusiva ao Jornal UNIFAL-MG.

Palestra de Sabine Righetti na abertura do evento “Divulgação Científica em Pauta” na UNIFAL-MG. (Foto: Arquivo/Dicom)
Sabine Righetti é cofundadora da Agência Bori de divulgação científica e coordenadora do programa Mídia Ciência da FAPESP. Tem uma trajetória marcada pelo jornalismo científico: foi repórter da Folha de S. Paulo e recebeu quase dez prêmios em jornalismo, incluindo o José Reis de Divulgação Científica em 2023. Em 2024 lançou o livro Negacionismo científico e suas consequências, em coautoria com o pesquisador e cientista de dados Estevão Gamba.
Na conversa com a nossa equipe, ela analisa as transformações na percepção pública da ciência após a pandemia, comenta a resistência de cientistas à divulgação, defende a institucionalização da divulgação científica e compartilha os critérios usados pela Agência Bori na seleção de estudos com potencial de noticiabilidade.
Confira na íntegra:
Sabine, quais transformações você tem observado na percepção pública da ciência desde a criação da Agência Bori, especialmente após a pandemia da COVID-19?
Sabine Righetti: A gente percebe que a ciência ou a estar mais presente no dia a dia das pessoas — e isso foi até mensurado em pesquisas de percepção pública da ciência desde o início da pandemia. Antes da COVID-19, quando se perguntava: “Você conhece alguma instituição de pesquisa">